quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Espera!

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Ela chegou ao lugar combinado e encontrou um bilhete “Espere por mim aqui”. Era fácil reconhecer aquela letra, a disposição das palavras – e até o papel lhe era familiar. Ela sentou no chão, e esperou alguns minutos. Cansada, resolveu andar alguns passos para a direita, e tentar vê-lo ao longe... Mas ele não estava, e ela resolveu voltar. Talvez ele viesse do outro lado... Tentando enxergá-lo, não percebeu um galho com espinhos no chão, e se machucou. Assim ela continuou, impaciente, mas sempre voltando para o local combinado. Até que percebeu que nada disso adiantava, e que era preciso esperar... Esperar. Ela sentou mais uma vez, e, imóvel, esperou. Passaram-se alguns minutos, horas e até dias, quando percebeu que seus pés estavam enraizados e que a sua mão, que tanto coçava, agora tinha botões de rosas.

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

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Ela vacilava, e caia. E ele sempre estava ali, pronto para a ajudar a levantar. Algumas vezes a segurava antes de cair, outras a deixava sozinha, sabendo que a queda também é muito importante quando se aprende a andar. Aos poucos, ganhando confiança, ela decidia fazer tudo sozinha – até perceber que não, não queria, precisava de sua presença ao lado, guiando seus passos. E, mais uma vez no chão, levantava os braços e dizia em silêncio, com os olhos cheios de lágrimas “segura a minha mão, eu preciso de você”...
 

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